Florestan Fernandes
Florestan
Fernandes Nasceu em São Paulo em 1920 e morreu em 1195.
Florestan Fernandes considerava a escola pública, laica, gratuita, universal e
de boa qualidade como meio para reduzir as desigualdades sociais. Para ele, as
ciências sociais deveriam contribuir para desvendar os mecanismos pelos quais
nas sociedades capitalistas essas desigualdades se produzem e reproduzem.
A briga
política pela escola pública
Muitos intelectuais participaram,
nas décadas de 1940 e 1950, da Campanha em Defesa da Escola Pública, que teve
origem nas discussões para a aprovação da primeira LDB. Nenhum foi mais ativo
do que Florestan Fernandes. De início, o tema principal do debate era a
centralização ou descentralização do ensino. A polêmica seguiu acirrada até
que, em seu ponto máximo de tensão, o deputado Carlos Lacerda apresentou no
Congresso um substitutivo para atender aos interesses das escolas particulares
e das instituições religiosas de ensino, que pretendiam ganhar o direito a
embolsar verbas do Estado. Florestan publicou nessa época vários escritos em
que combatia as pretensões da escola privada e também desenvolvia suas ideias
sobre a necessidade de democratizar o ensino. O substitutivo de Lacerda acabou
sendo aprovado. Mas, no longo prazo, quem ganhou foi Florestan - suas ideias
são, hoje, praticamente consenso entre os dirigentes da educação pública.
Florestan
Fernandes acreditava que a educação deveria ser, para os alunos, uma
experiência transformadora que desenvolvesse a criatividade, dando condições de
se libertar da opressão social.
Frase:
“Na sala de
aula, o professor precisa ser um cidadão e um ser humano rebelde”
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
Hegel nasceu em 27 de agosto de 1770 em
Stuttgard (Alemanha), morreu em 14 de novembro de 1831, na cidade Berlim
(Alemanha).
Hegel foi um importante filósofo alemão do
final do século XVIII e começo do século XIX. Foi o fundador do Hegelianismo
que se baseava na ideia principal de que a realidade é capaz de ser expressa em
categorias reais.
Hegel dizia que as concepções filosóficas do
passado eram sem vida, não históricas e tendenciosas. Por isso, defendeu a
forte ligação entre História e Filosofia.
Interesses principais:
- Lógica
- Filosofia da História
- Religião
- Metafísica
- Epistemologia
- Filosofia Política
Obras Principais:
- Fenomenologia do Espírito - 1806
- Ciência da Lógica - 1812-1816
- Enciclopédia das Ciências Filosóficas, 1817-1830
- Elementos da Filosofia do Direito - 1817-1830
Hegel
foi um dos criadores do idealismo alemão e naturalmente da génese do que é chamado de hegelianismo. Seu
cômputo historicista e idealista da realidade como uma Filosofia europeia
completamente revolucionada denota que foi, de fato, um importante precursor da
Filosofia continental e do marxismo.
A realidade educacional em que Hegel se
encontrava foi marcada pela influência de várias correntes de pensamento, tais
como o Iluminismo, o Romantismo, o Idealismo, o Neohumanismo, etc. No entanto,
podemos averiguar que aquela que mais
influenciou a educação na Alemanha, país de origem de Hegel, foi o Iluminismo,
particularmente inspirado em Rousseau e Locke. Eles defendiam a necessidade de
uma reforma radical no ensino, segundo uma orientação fundamentalmente prática.
Diante da propagação do pensamento Iluminista na Alemanha e sua influência na
educação Hegel não fica indiferente. Neste contexto, o ensino da filosofia
aparece como uma das exigências da modernidade para uma boa e autêntica
formação do indivíduo.
Frases:
- "O racional por sí só é real."
- "Tudo o que é racional é real e tudo o que é real é
racional."
- "O verdadeiro é o todo"
- "Nada existe de grandioso sem Paixão."
Bernard Charlot
Bernard
Charlot nasceu na França, em 1944. Com formação inicial em Filosofia, realizou pesquisas
na área da
epistemologia das ciências, sob a orientação de Georges Canguilhem. Seus
primeiros trabalhos tratavam da noção da experiência na obra dos cartesianos e
anticartesianos franceses da segunda metade do século XVII.
Charlot
defende a relação com o saber e busca “compreender como o sujeito categoriza,
organiza seu mundo, como ele dá sentido à sua experiência e especialmente à sua
experiência escolar [...], como o sujeito apreende o mundo e, com isso, como se
constrói e transforma a si próprio”. Suas pesquisas
,
juntamente com a equipe ESCOL pesquisas, tem como ponto de partida a relação
entre a origem social e sucesso ou fracasso escolar. Tem como fundo os
trabalhos da Sociologia da Reprodução, em especial os de Bourdieu.
Para
Charlot, não se deve analisar a sociedade apenas tomando como referencial as
posições sociais. É preciso considerar “o sujeito na sua singularidade de sua
história e atividades que ele realiza”, visto que cada aluno pertence a um
grupo, uma posição social e interpreta singularmente essa posição, dando
sentido ao mundo e a si mesmo. Para Charlot, o sujeito é um ser humano social
que ocupa uma posição social adquirida por pertencer a um grupo social. Porém,
durante sua da vida, produz sentidos e significados sobre si e o mundo,
construindo sua singularidade. Assim é ao mesmo tempo singular e social.
Charlot, não fala em “aspectos” sociais e individuais do sujeito – ele é sempre
simultaneamente social e singular. Para o autor, “[...] as relações sociais
estruturam a relação com o saber e com a escola, mas não a determinam”.
O primeiro contato de Charlot com a educação foi
aos 25 anos, quando lecionou para professores do Ensino Fundamental na
Universidade de Tunis. A partir dessa e de outras experiências, Charlot começou
a pesquisar na área educacional, concluindo o Doutorado em Educação pela
Universidade de Paris X. É professor emérito em Ciências da Educação da
Universidade de Paris VIII, onde foi professor catedrático e fundou a equipe de
pesquisa ESCOL (Educação, Socialização e Coletividades Locais), que estuda
sobre a relação com o saber e com a escola, além de assuntos referentes à territorialização
das políticas educativas. Atualmente, é consultor e responsável de pesquisa da
United Nation Educational, Scientific and Cultural e professor visitante da
Universidade Federal de Sergipe, em Aracaju, Brasil, onde vive.
Frase: O conflito nasce quando o professor não
ensina"
Louis
Althusser
Louis
Althusser nasceu em 16 de outubro de 1918,
na Argélia e morreu em Paris em 22 de outubro de 1990, foi um filósofo francês.
Louis Althusser foi um
filósofo francês de origem argelina. Seu nome foi uma homenagem ao seu tio paterno,
que havia morrido na Primeira Guerra Mundial.
Althusser é um dos
principais estudiosos do marxismo. Para desenvolver a teoria marxista utiliza
como método de análise o estruturalismo. Num primeiro tempo, as suas
preocupações centram-se nos fundamentos e métodos da investigação. Centra os
seus estudos em Marx, cuja obra cimeira, O
Capital, é
em sua opinião um trabalho puramente científico e afastado dos interesses
humanistas. Num segundo tempo, ocupa-se do estudo do pensamento de Lenine, e
mais concretamente da sua obra Materialismo
e Empirocriticismo. A sua conclusão básica é que o
discurso teórico desta obra aclara a ciência da ideologia. Althusser serve-se
da análise estruturalista, decompõe, para o seu estudo, o pensamento marxista e
as leis que, segundo este, regem a vida do homem em sociedade.
O Estado não é formado apenas pelo aparelho repressivo, senão
também por um certo número de instituições existentes na sociedade civil, tais
como a igreja, a escola, os sindicatos, etc.. Os Aparelhos Repressivos de
Estado na verdade são, o governo, a administração, o exército, a polícia, os
tribunais, as prisões, e qualquer instituição que funcionam através da violência,
até mesmo a violência “administrativa”. Não é fácil falar em ideologia, nos
textos estudados pode-se perceber que essas ideologias não existem somente no
campo das ideias, elas possuem existência material. Authusser analisa as
relações de produção como se fossem uma peça de teatro
ou um jogo, onde cada um tem o seu papel pré estabelecido, e
a ideologia usa o mecanismo da sujeição para cada agente social reconhecer o
seu lugar. Esse agente social pode ser
Deus, a humanidade, o capital, a nação, e embora cada uma
dessas ideologias seja específicas , elas cumprem perfeitamente seus mecanismos
da ideologia em geral.
Tenta integrar as ideias dominantes do
estruturalismo com o marxismo.
Posiciona-se radicalmente contra a
interpretação humanista de Marx.
Para Althusser o marxismo é:
anti-humanismo
Primeiro porque o humanismo é ideologia,
por que fala do homem.
O humanismo fixa o homem no centro e
não percebe que ele desenvolve papel decididamente secundário.
Para ele o sujeito nada mais é do que
o suporte das relações de produção.
Assim o indivíduos são somente os
efeitos da estrutura.
Se Nietzsche afirmou que Deus está
morto; hoje, os estruturalistas afirmam que o homem é que está morto.
Anti-histórico
Porque a história não se desenvolve de
maneira linear. Althusser afirma que Marx só teria herdado de Hegel a ideia de
que a história é processo sem sujeito e não a doutrina dialética.
A história não se realiza conforme um
plano ou de maneira uni linear, mas sim por rupturas sucessivas.
Não se deve pensar que é o homem ou a
ação de uma classe que fazem a história, mas para Althusser ela deve ser vista
como uma série descontínua de conjunturas de várias estruturas.
Para ele o "homem não é o senhor
de sua própria história. Ele não age, mas é agido por forças estruturantes
inconsciente"
Vem a se posicionar contra o
evolucionismo da dialética materialista, pela própria ideia de descontinuidade
da história.
Algumas reflexões criticas
Assim como a psicanálise
"inflou" a noção de sexualidade, o marxismo o da economia, da mesma
forma o estruturalismo "inflou" a de estrutura.
Não descartamos a motivação econômica
ou estrutural, apenas não a absolutismos, como se fosse o único elemento que conduzir-se
a ação humana.
Pois se as coisas ocorressem desse
modo como os personalistas diziam: "mudai a economia que o homem será
salvo," o mesmo é valido para o estruturalismo. E isso ocorreu? "o
homem foi salvo"? A história parece nos dar prova de que não.
Em fim, mais uma vez o homem é
reduzido a um simples peão de xadrez em um grande jogo, como em Hegel ele era o
do absoluto; em Marx, da economia; em Spinoza, da substância e em Schopenhauer
o da vontade.
Frase : "A história é um processo sem um assunto ou
finalidade."
Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/bernard-charlot-ensinar-significado-mobilizar-alunos-476454.shtml
Florestan Fernandes
Florestan
Fernandes Nasceu em São Paulo em 1920 e morreu em 1195.
Florestan Fernandes considerava a escola pública, laica, gratuita, universal e
de boa qualidade como meio para reduzir as desigualdades sociais. Para ele, as
ciências sociais deveriam contribuir para desvendar os mecanismos pelos quais
nas sociedades capitalistas essas desigualdades se produzem e reproduzem.
A briga
política pela escola pública
Muitos intelectuais participaram,
nas décadas de 1940 e 1950, da Campanha em Defesa da Escola Pública, que teve
origem nas discussões para a aprovação da primeira LDB. Nenhum foi mais ativo
do que Florestan Fernandes. De início, o tema principal do debate era a
centralização ou descentralização do ensino. A polêmica seguiu acirrada até
que, em seu ponto máximo de tensão, o deputado Carlos Lacerda apresentou no
Congresso um substitutivo para atender aos interesses das escolas particulares
e das instituições religiosas de ensino, que pretendiam ganhar o direito a
embolsar verbas do Estado. Florestan publicou nessa época vários escritos em
que combatia as pretensões da escola privada e também desenvolvia suas ideias
sobre a necessidade de democratizar o ensino. O substitutivo de Lacerda acabou
sendo aprovado. Mas, no longo prazo, quem ganhou foi Florestan - suas ideias
são, hoje, praticamente consenso entre os dirigentes da educação pública.
Florestan
Fernandes acreditava que a educação deveria ser, para os alunos, uma
experiência transformadora que desenvolvesse a criatividade, dando condições de
se libertar da opressão social.
Frase:
“Na sala de
aula, o professor precisa ser um cidadão e um ser humano rebelde”
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
Hegel nasceu em 27 de agosto de 1770 em
Stuttgard (Alemanha), morreu em 14 de novembro de 1831, na cidade Berlim
(Alemanha).
Hegel foi um importante filósofo alemão do
final do século XVIII e começo do século XIX. Foi o fundador do Hegelianismo
que se baseava na ideia principal de que a realidade é capaz de ser expressa em
categorias reais.
Hegel dizia que as concepções filosóficas do
passado eram sem vida, não históricas e tendenciosas. Por isso, defendeu a
forte ligação entre História e Filosofia.
Interesses principais:
- Lógica
- Filosofia da História
- Religião
- Metafísica
- Epistemologia
- Filosofia Política
Obras Principais:
- Fenomenologia do Espírito - 1806
- Ciência da Lógica - 1812-1816
- Enciclopédia das Ciências Filosóficas, 1817-1830
- Elementos da Filosofia do Direito - 1817-1830
Hegel
foi um dos criadores do idealismo alemão e naturalmente da génese do que é chamado de hegelianismo. Seu
cômputo historicista e idealista da realidade como uma Filosofia europeia
completamente revolucionada denota que foi, de fato, um importante precursor da
Filosofia continental e do marxismo.
A realidade educacional em que Hegel se
encontrava foi marcada pela influência de várias correntes de pensamento, tais
como o Iluminismo, o Romantismo, o Idealismo, o Neohumanismo, etc. No entanto,
podemos averiguar que aquela que mais
influenciou a educação na Alemanha, país de origem de Hegel, foi o Iluminismo,
particularmente inspirado em Rousseau e Locke. Eles defendiam a necessidade de
uma reforma radical no ensino, segundo uma orientação fundamentalmente prática.
Diante da propagação do pensamento Iluminista na Alemanha e sua influência na
educação Hegel não fica indiferente. Neste contexto, o ensino da filosofia
aparece como uma das exigências da modernidade para uma boa e autêntica
formação do indivíduo.
Frases:
- "O racional por sí só é real."
- "Tudo o que é racional é real e tudo o que é real é
racional."
- "O verdadeiro é o todo"
- "Nada existe de grandioso sem Paixão."
Bernard Charlot
Bernard
Charlot nasceu na França, em 1944. Com formação inicial em Filosofia, realizou pesquisas
na área da
epistemologia das ciências, sob a orientação de Georges Canguilhem. Seus
primeiros trabalhos tratavam da noção da experiência na obra dos cartesianos e
anticartesianos franceses da segunda metade do século XVII.
Charlot
defende a relação com o saber e busca “compreender como o sujeito categoriza,
organiza seu mundo, como ele dá sentido à sua experiência e especialmente à sua
experiência escolar [...], como o sujeito apreende o mundo e, com isso, como se
constrói e transforma a si próprio”. Suas pesquisas
,
juntamente com a equipe ESCOL pesquisas, tem como ponto de partida a relação
entre a origem social e sucesso ou fracasso escolar. Tem como fundo os
trabalhos da Sociologia da Reprodução, em especial os de Bourdieu.
Para
Charlot, não se deve analisar a sociedade apenas tomando como referencial as
posições sociais. É preciso considerar “o sujeito na sua singularidade de sua
história e atividades que ele realiza”, visto que cada aluno pertence a um
grupo, uma posição social e interpreta singularmente essa posição, dando
sentido ao mundo e a si mesmo. Para Charlot, o sujeito é um ser humano social
que ocupa uma posição social adquirida por pertencer a um grupo social. Porém,
durante sua da vida, produz sentidos e significados sobre si e o mundo,
construindo sua singularidade. Assim é ao mesmo tempo singular e social.
Charlot, não fala em “aspectos” sociais e individuais do sujeito – ele é sempre
simultaneamente social e singular. Para o autor, “[...] as relações sociais
estruturam a relação com o saber e com a escola, mas não a determinam”.
O primeiro contato de Charlot com a educação foi
aos 25 anos, quando lecionou para professores do Ensino Fundamental na
Universidade de Tunis. A partir dessa e de outras experiências, Charlot começou
a pesquisar na área educacional, concluindo o Doutorado em Educação pela
Universidade de Paris X. É professor emérito em Ciências da Educação da
Universidade de Paris VIII, onde foi professor catedrático e fundou a equipe de
pesquisa ESCOL (Educação, Socialização e Coletividades Locais), que estuda
sobre a relação com o saber e com a escola, além de assuntos referentes à territorialização
das políticas educativas. Atualmente, é consultor e responsável de pesquisa da
United Nation Educational, Scientific and Cultural e professor visitante da
Universidade Federal de Sergipe, em Aracaju, Brasil, onde vive.
Frase: O conflito nasce quando o professor não
ensina"
Louis
Althusser
Louis
Althusser nasceu em 16 de outubro de 1918,
na Argélia e morreu em Paris em 22 de outubro de 1990, foi um filósofo francês.
Louis Althusser foi um
filósofo francês de origem argelina. Seu nome foi uma homenagem ao seu tio paterno,
que havia morrido na Primeira Guerra Mundial.
Althusser é um dos
principais estudiosos do marxismo. Para desenvolver a teoria marxista utiliza
como método de análise o estruturalismo. Num primeiro tempo, as suas
preocupações centram-se nos fundamentos e métodos da investigação. Centra os
seus estudos em Marx, cuja obra cimeira, O
Capital, é
em sua opinião um trabalho puramente científico e afastado dos interesses
humanistas. Num segundo tempo, ocupa-se do estudo do pensamento de Lenine, e
mais concretamente da sua obra Materialismo
e Empirocriticismo. A sua conclusão básica é que o
discurso teórico desta obra aclara a ciência da ideologia. Althusser serve-se
da análise estruturalista, decompõe, para o seu estudo, o pensamento marxista e
as leis que, segundo este, regem a vida do homem em sociedade.
O Estado não é formado apenas pelo aparelho repressivo, senão
também por um certo número de instituições existentes na sociedade civil, tais
como a igreja, a escola, os sindicatos, etc.. Os Aparelhos Repressivos de
Estado na verdade são, o governo, a administração, o exército, a polícia, os
tribunais, as prisões, e qualquer instituição que funcionam através da violência,
até mesmo a violência “administrativa”. Não é fácil falar em ideologia, nos
textos estudados pode-se perceber que essas ideologias não existem somente no
campo das ideias, elas possuem existência material. Authusser analisa as
relações de produção como se fossem uma peça de teatro
ou um jogo, onde cada um tem o seu papel pré estabelecido, e
a ideologia usa o mecanismo da sujeição para cada agente social reconhecer o
seu lugar. Esse agente social pode ser
Deus, a humanidade, o capital, a nação, e embora cada uma
dessas ideologias seja específicas , elas cumprem perfeitamente seus mecanismos
da ideologia em geral.
Tenta integrar as ideias dominantes do
estruturalismo com o marxismo.
Posiciona-se radicalmente contra a
interpretação humanista de Marx.
Para Althusser o marxismo é:
anti-humanismo
Primeiro porque o humanismo é ideologia,
por que fala do homem.
O humanismo fixa o homem no centro e
não percebe que ele desenvolve papel decididamente secundário.
Para ele o sujeito nada mais é do que
o suporte das relações de produção.
Assim o indivíduos são somente os
efeitos da estrutura.
Se Nietzsche afirmou que Deus está
morto; hoje, os estruturalistas afirmam que o homem é que está morto.
Anti-histórico
Porque a história não se desenvolve de
maneira linear. Althusser afirma que Marx só teria herdado de Hegel a ideia de
que a história é processo sem sujeito e não a doutrina dialética.
A história não se realiza conforme um
plano ou de maneira uni linear, mas sim por rupturas sucessivas.
Não se deve pensar que é o homem ou a
ação de uma classe que fazem a história, mas para Althusser ela deve ser vista
como uma série descontínua de conjunturas de várias estruturas.
Para ele o "homem não é o senhor
de sua própria história. Ele não age, mas é agido por forças estruturantes
inconsciente"
Vem a se posicionar contra o
evolucionismo da dialética materialista, pela própria ideia de descontinuidade
da história.
Algumas reflexões criticas
Assim como a psicanálise
"inflou" a noção de sexualidade, o marxismo o da economia, da mesma
forma o estruturalismo "inflou" a de estrutura.
Não descartamos a motivação econômica
ou estrutural, apenas não a absolutismos, como se fosse o único elemento que conduzir-se
a ação humana.
Pois se as coisas ocorressem desse
modo como os personalistas diziam: "mudai a economia que o homem será
salvo," o mesmo é valido para o estruturalismo. E isso ocorreu? "o
homem foi salvo"? A história parece nos dar prova de que não.
Em fim, mais uma vez o homem é
reduzido a um simples peão de xadrez em um grande jogo, como em Hegel ele era o
do absoluto; em Marx, da economia; em Spinoza, da substância e em Schopenhauer
o da vontade.
Frase : "A história é um processo sem um assunto ou
finalidade."
Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/bernard-charlot-ensinar-significado-mobilizar-alunos-476454.shtml